Quando o governo de Lula 3 vai finalmente tomar posse para administrar o país? É uma pergunta necessária, porque a lógica administrativa requer competência e ações para equilibrar receitas e despesas já, sempre. É assim no poder público, nas empresas e na vida de cada um. Aqui ou em qualquer lugar do mundo.
Na semana passada, nesta coluna, fiz uma afirmação no título: “O governo do depois”. Tratava-se apenas de uma constatação acerca da enorme quantidade de decisões importantes que o atual governo federal adia sem limites e que têm colocado o país em compasso de espera, ignorando o fato inequívoco de que a realidade não é condescendente com a procrastinação. O governo pode demorar para decidir, mas a deterioração do cenário econômico não espera, acontece. Como aconteceu de novo depois da mais recente decisão não tomada.
Volto novamente ao caso específico. Ainda na semana passada, depois de quase um ano e dez meses desde a posse, a equipe econômica ainda apostava no “depois”. Chegou a prometer que, logo depois do segundo turno, haveria o anúncio de um pacote de corte de gastos estruturais, que se pretendia ousado, dada a situação fiscal gravíssima que este governo trouxe ao país, fruto de seu perdularismo patológico.
E o que aconteceu logo na segunda-feira, pós-eleições? Nada. Na terça-feira, um movimento de avanço zero com uma declaração. E ruim! Depois de se reunir com Lula (o chefe), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (o subalterno), sem esboçar um mínimo sinal de preocupação com as coisas, adotou um tom blasé na conversa com os repórteres que o esperavam do lado de fora. E disse que não havia ainda uma data para o anúncio do tal pacote. Foi desastroso, como era de se esperar. O dólar fechou o dia em R$ 5,76, no seu maior valor desde 19 de maio de 2020, em plena pandemia. A Bolsa caiu num movimento claro de perda de confiança. Neste cenário, vale acrescentar que o fluxo na B3 está negativo no acumulado do ano em torno de R$ 30,7 bilhões. É investidor que tirou seu dinheiro do mercado brasileiro e que ainda não voltou. Tem de tudo entre as razões domésticas dessa debandada: Selic em alta, insegurança jurídica e, sim, a desordem fiscal do governo que pode levar o país ao buraco a que Dilma já nos levou.
Ou seja, nenhuma reação é por acaso e muito menos de graça. Na verdade, custa caro ao país. O “governo do depois” que se transforma a passos largos no “governo do nunca” carece de demonstrar mínimos sinais de que compreende o momento e, pior, que teria soluções e gente competente do lado de dentro para resolver os problemas que ele próprio causa.
Lula, o presidente, é anacrônico, perdulário na essência e vive sob o mantra de que, se chamar todo gasto de investimento, a contabilidade muda o sinal de negativo para positivo. Não muda. E demonstra estar completamente desconectado do Brasil real. Tanto que continua gastando e dando os piores sinais de prática administrativa, como nos caros sofás comprados a pedido de uma deslumbrada primeira-dama, nas viagens ao exterior com cara de turismo ou na vaidade da vez: a compra de um novo avião presidencial, sem que exista a menor necessidade disso. Mas ele quer e mandou comprar.
De Fernando Haddad, o ministro, mesmo com formação em economia e prática administrativa bem aquém dos dois últimos antecessores, é difícil dizer que não compreenda a gravidade da situação fiscal do país. É, na verdade, um dos poucos com alguma consciência. Mas ele mesmo endossou o devaneio do fura-teto de R$ 200 bilhões ainda na transição, tem feito vistas grossas ao inchaço da máquina pública, é o personagem maior da sanha arrecadatória do governo — o que lhe rendeu memes tragicômicos — e, dado o momento a que chegamos, o pior: não parece ter nenhuma ascendência sobre Lula. Aliás, não raro o presidente faz discurso em sentido contrário diante da mínima tentativa de austeridade anunciada pela Fazenda. Só uma suposta pretensão desatinada de ser o candidato de Lula em 2026 poderia explicar comportamento tão vago e inoperante do ministro.
Isso nos leva à ministra do Planejamento, Simone Tebet. Uns 15 dias atrás, Tebet disse textualmente que chegara a hora de “levar a sério o corte de gastos estruturais”. Quase dois anos de mandato de Lula com a mesma equipe econômica, rombos fiscais sucessivos há pelo menos 15 meses, mais de R$ 1 trilhão adicionados à dívida bruta, e agora é que chegou a hora da seriedade fiscal? Ufa! E pensar que herdaram o país com superávit fiscal superior a R$ 54 bilhões do governo de Jair Bolsonaro, que teve o ministro Paulo Guedes à frente da pasta da Economia, e que juntos enfrentaram uma pandemia sem precedentes e os efeitos da guerra na Ucrânia na economia global. No momento, nada disso importuna o atual governo.
Fato é que, depois da repercussão negativa da terça-feira, do anúncio de que não havia ainda um prazo para anunciar um pacote de corte de gastos, tampouco o valor do corte, mais reuniões aconteceram. E mesmo os anúncios que vieram depois chegam com a marca da indecisão e, sobretudo, da ausência de credibilidade. Será que esse governo vai mesmo levar a sério a responsabilidade fiscal, as contas do país, reduzir o tamanho da máquina pública e fazer uma gestão eficiente? Com essa mesma gente que está aí?
Quando comecei minha vida de repórter e na cobertura política, havia uma frase jocosa atribuída ao PT, ainda um partido de oposição. Dizia a piada que, depois das longuíssimas reuniões da direção do partido, a única decisão anunciada era a data da próxima reunião.
O partido da decisão nenhuma comanda hoje o governo do nunca.
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Piotto, você que é bom observador, assista a fala de Tarcísio de Freitas naquela reunião que Lula & Cia promoveram com governadores dos Estados para instalar sua policia nacional e administrar o crime no pais da insegurança. Nos momentos que focam no semblante do Lula, da a impressão que ele pensava, “era um desses caras que eu precisaria para Ministro da Casa Civil”. Recomendo que você bom observador promova um artigo com a tua apreciação sobre a conduta de Tarcísio nessa reunião que infelizmente alguns de nossos bons jornalistas insistem em não considera-lo da direita, por estar próximo demais do SISTEMA. Parece que nunca ouviram o que já disse diversas vezes que Bolsonaro é o fenômeno que o fez governador do Estado de SP.
Dr Fernando Haddad. Que nível o Brasil chegou ao ter uma figura como esta comandando a economia de todo um país.
Gostei, mas não concordo quando dizem que o atual governo tomou posse.
Lula senil e Janja Pueril vão acabar com o Brasil
O Brasil vive o desastre anunciado.
É só questão de tempo e a partir de 01/01/2025 com o novo Presidente do BC as incertezas só aumentam.
Piotto, cirúrgico como sempre.
A equipe da Oeste é nota 10.
Parabéns a todos.
Infelizmente o Brasil está uma bagunça.
Este Desgoverno recheado de COMUNISTAS, SOCIALISTAS, CONDENADOS, EX CONDENADOS, TERRORISTAS, CORRUPTOS, ETC. Está fazendo barbaridades todos os dias.
Os culpados desta situação: A maioria(?) do povo brasileiro que votou no LULADR#*, o Congresso Nacional que se omite de suas funções de fiscalizar o Judiciário (STF), de Legislar .(QUE É SUA FUNÇÃO), deixando que o STF legislar em seu lugar (CRIANDO LEIS, PORTARIAS, INQUÉRITOS, JULGANDO PESSOAS SEM FOROS ESPECIAIS, PRISÕES SEM JULGAMENTOS E CONDENAÇÕES ARBITRÁRIAS, ETC.).
Mas, como confiar em um Congresso em que a maioria dos parlamentares estão com o RABO PRESO no STF, com processos, inquéritos, denúncias, sindicâncias, tudo engavetado, postergado, adiado pelo STF para ter os parlamentares sob seu julgo,(Ameaça de reabrir os casos, julgar, sentenciar, etc.)
Os Senhores Parlamentares têm que ter consciência que foram eleitos por seus eleitores para LEGISLAR e não passar esta função ao Executivo ou Judiciário. (AS LEIS CONSTITUCIONAIS VÁLIDAS SÃO AQUELAS CRIADAS E APROVADAS PELO LEGISLATIVO), as demais são inconstitucionais.
Nenhum REGIMENTO INTERNO do STF, TSE, CÂMARA OU SENADO, pode se sobrepor a CONSTITUIÇÃO. É onde todos devem se pautar, respeitar e obedecer.
Que tal algum parlamentar apresentar um Projeto de Lei para inserir na Constituição, com artigos e parágrafos, etc… CRIANDO: Conselho, Tribunal, Comissão, Colegiado, Etc… Para FISCALIZAR, MONITORAR, VERIFICAR, INVESTIGAR, etc… As contas, os excessos, suas prerrogativas, abusos de poder, inserções em outros poderes, etc…
Este Órgão com poderes de JULGAR, PRENDER, DEMITIR, AFASTAR, APOSENTAR ETC.
Seria formado por 11 ou 15 membros de todo Brasil, ESCOLHIDOS POR SORTEIO PELOS NÚMEROS DO CPF, sem indicação de ninguém (Seria inserido o CPF de todos os possíveis sorteados em todo território Nacional). Não seria necessário ser efetivo, permanente ou vitalício, para não gerar mais despesas para a nação.
Esse órgão seria convocado pelo Senado, Câmara Federal ou Congresso Nacional, sempre que houvesse a necessidade.
Os membros seriam composto por: 02 membros STM, 02 Desembargadores Federais, 02 Desembargadores Estaduais, 02 Senadores, 02 Deputados Federais e 03 Juízes Estaduais.
As Remunerações seriam as diárias normais para os deslocamentos e acomodações já previstas na legislação, durante os processos ou julgamentos. Seria somente durante o evento. (Ou que tenha algum ajuste nestas despesas).
É uma opinião. (Quem sabe algum Dep. ou Sen. compre esta ideia).
É vergonhoso ver um Congresso Nacional, eleito pelo povo, se submeter aos caprichos de membros do STF.
Um deputado ou um senador comprar essa ideia vale nada, pq apresentar um projeto é facil mas aorovar é impossivel com esse atual congresso de desclassificados
Desgoverno da vergonha. Que barbaridade..
A irresponsabilidade e a incompetência do governo é assustador. A tendência é piorar a cada dia, alguns cidadãos ainda acreditam nesse corrupto que está destruindo o país. Lamentável.
Parabéns Piotto