Quem é o petista escolhido para o comandar o IBGE

As críticas vieram antes mesmo de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar o nome do petista Marcio Pochmann para o comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só a possibilidade de o economista ser o escolhido já foi suficiente para uma ala dentro do próprio partido expressar rejeição.

Na quarta-feira 26, o nome de Pochmann foi anunciado para o IBGE de maneira açodada pelo secretário de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, — e não pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.

Como será no IBGE?

A principal queixa de aliados e oposicionista é o perfil intervencionista do economista que vai assumir o IBGE.

Nos governos petistas, dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade no governo de Marta Suplicy durante seu mandato como prefeita em São Paulo (2001-2004).

O petista também ocupou a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012, durante os governos de Lula e Dilma Rousseff.

A gestão de Pochmann acumulou muitas críticas por causa das polêmicas no cargo, com acusações de aparelhamento político à época, classificada por muitos como intervencionista e ideológica.

Em 2012 e 2016, ele tentou concorrer à prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, mas acabou derrotado nas urnas. Em 2018, tentou ser candidato a deputado federal por São Paulo, mas de novo não se elegeu.

O economista também foi presidente da Fundação Perseu Abramo, ligada ao Partido dos Trabalhadores, de 2012 a 2020, e foi coordenador do programa econômico da campanha do PT à Presidência em 2018.

Críticas ao Pix

O economista indicado para o IBGE já criticou abertamente o sistema de pagamentos eletrônicos Pix, lançado pelo Banco Central em 2021. Na época, ele disse que, com o Pix, o país dava “mais um passo na via neocolonial”.

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