Guilherme Derrite (PL), deputado federal e secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo, afirma que projeto para mudar as regras sobre as saídas temporárias de detentos deve ser aprovado ainda nesta semana. Ele deu a declaração nesta segunda-feira, 18, no programa Oeste Sem Filtro.
“Ninguém aguenta mais a progressão de regime, audiência de custódia e as saídas temporárias como são atualmente”, disse Derrite. “A tendência é que, aprovando ainda nesta semana o fim das saídas temporárias, poderemos apresentar novas propostas em breve.”
Derrite se refere ao Projeto de Lei (PL) 2.253, que propõe o fim das “saidinhas”. A proposta foi recentemente aprovada pelo Senado, mas, em virtude das alterações feitas pelos senadores, voltou para a análise da Câmara.
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Relator do projeto em 2022, quando ainda era deputado federal, Derrite pediu sua exoneração temporária do cargo de secretário de Segurança Pública de São Paulo para retornar ao Parlamento e novamente relatar a proposta.
“Nossa intenção é ainda nesta semana colocar um fim nessa história”, disse o deputado. “Essa é minha prioridade. Por isso, pedi minha exoneração ao governador Tarcísio de Freitas. Na legislatura passada, tivemos 311 votos favoráveis a este projeto. A tendência é que consigamos aprovar novamente, em virtude do clima e do ambiente.”
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Mudanças na “saidinha”
O projeto, aprovado pela Câmara, acaba com as saídas temporárias em datas comemorativas e prevê a adoção de um exame criminológico, que abrange questões de ordem psicológica e psiquiátrica, como requisito para a progressão de regime.
“Três pontos principais pautam este projeto: o fim dos ‘saídões’, o retorno do exame criminológico para qualquer progressão de regime e a ampliação de monitoramento eletrônico por meio de tornozeleiras para outros regimes de cumprimento de pena, como o regime aberto”, explicou Derrite.
Derrite defende a Operação Verão
Interpelado pelo comentarista Rodrigo Constantino, sobre as dificuldades do combate ao crime em São Paulo, o secretário licenciado afirmou que o governo paulista tem feito um trabalho de “asfixia financeira” sob a cadeia logística do tráfico de drogas, o que gerou a “maior apreensão de drogas e armas da historia do país”.
Derrite também rebateu as críticas de setores da esquerda ao governador Tarcísio de Freitas, em virtude da Operação Verão. Desde o início da força-tarefa, as polícias apreenderam 800 criminosos. Ao todo, 48 pessoas morreram.
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Recentemente, a ONG Conectas, em conjunto a Defensoria Pública de São Paulo, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) o fim da operação. Em entrevista coletiva, o governador Tarcísio de Freitas ironizou o pedido: “Pode ir na ONU, na Liga da Justiça, no raio que o parta que eu não tô nem aí” .
“A gente se sente representado pelas falas do governador”, salientou Derrite. “O confronto não é desejável pelos policiais. Trabalhamos para evitar o confronto, mas a gente vive no mundo real. Esses criminosos estão tendo respostas no limite da lei. Durante a nossa gestão, já tivemos a maior redução de homicídios na história do Estado de São Paulo.”
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Há um longo caminho a ser trilhado para reverter um manancial de medidas que resultaram em leniência com o crime e criminosos e em impunidade. As penas resultantes de sentença é para serem cumpridas e não amenizadas por uma filosofia de vitimização do criminoso e exposição da sociedade.
Já passou da hora. Com certeza o PT votará contra.
Quando os presos vão começar a trabalhar ?
Se a sociedade trabalha para ter garantido seu sustento, por quê as prisões não são centros que se pagam a si mesmos e ajudam às famílias das vítimas e dos condenados ?
Os legisladores eleutos, são lentos demais, no que é bom para a sociedade? É o que parece !
Quando as leis forem boas para a sociedade, não existiirá a INDÚSTRIA DO CRIME, como vimos hoje, uma industria que criou o culto da bandidolatria e a cultura da ostentação, como meta de vida, aos mais humildes.
Há muito a ser feito e aoenas um homem focado nessa tarefa?
MEODEOLS….
Que decadência legislativa !