O Banco Central informou, nesta segunda-feira, 24, que o Brasil teve déficit de US$ 3,4 bilhões (R$ 18 bilhões) em conta-corrente no mês de maio.
O valor acumulado em 12 meses (US$ 40 bilhões) corresponde a 1,79% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, a instituição financeira espera que o saldo negativo chegue a US$ 48 bilhões ainda em 2024 — valor correspondente a 2,1% do PIB.
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Trata-se do maior maior déficit no período desde 2022. Na ocasião, o BC anunciou um déficit de US$ 4,2 bilhões. Em abril de 2024, o valor foi de US$ 2,8 bilhões em transações correntes.
Uma pesquisa da agência de notícias Reuters realizada com especialistas da área mostrou que a expectativa para maio era de US$ 3,5 bilhões negativos.
Os investimentos diretos no Brasil, no mesmo período, foram de US$ 3 bilhões. A projeção, segundo a mesma pesquisa da Reuters, foi de US$ 4,75 bilhões.
A balança comercial teve superávit de US$ 6,3 bilhões, informou o BC. A conta de serviços apresentou déficit de US$ 4,4 bilhões. A conta de renda primária desempenhou um resultado negativo de US$ 5,2 bilhões.
Banco Central divulga aumento do IPCA pela sétima semana seguida
Analistas financeiros do Boletim Focus aumentaram a projeção da inflação de 2024 pela sétima semana seguida. O relatório foi divulgado nesta segunda-feira, 24, pelo Banco Central.
De acordo com o boletim apresentado, o Índice de Preços ao Consumidor Amplos (IPCA) deve fechar o ciclo de 12 meses em 3,98%. O documento da semana passada apresentava 3,96%.
Para 2025, a expectativa também é de inflação. O índice deve ficar em 3,85%, ante 3,8% da semana anterior. Essa é a oitava projeção de aumento para o próximo ano.
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