O Estado do Rio Grande do Sul está enfrentando uma das piores enchentes da sua história. Imagens do rastro de destruição deixados pelas fortes chuvas impressionam e comovem. Cidades inteiras submergiram em águas turvas, uma grande barragem foi rompida, e estradas foram bloqueadas, dificultando o fornecimento de itens básicos. Algumas pessoas navegam, em canoas ou em pequenos barcos, pelas ruas que se transformaram em rios, e outras sobem no telhado de suas casas na esperança de serem resgatadas. O principal aeroporto da capital, Porto Alegre, o Estádio Beira-Rio, do Internacional, e a Arena do Grêmio foram tomados pelas águas da enchente. O cenário é de terra arrasada.
Segundo um balanço da Defesa Civil, 425 das 497 cidades gaúchas foram afetadas pelas tempestades, o equivalente a 85,5% do total.
Esta não é a primeira vez que a enchente atinge níveis históricos no Estado. Entre abril e maio de 1941, a cidade de Porto Alegre passou por 24 dias consecutivos de chuvas torrenciais. A partir de então, surgiu a necessidade de construir uma barreira para proteger a cidade contra futuras enchentes. A estrutura de concreto defende o Centro Histórico de Porto Alegre e foi concluída em 1974. Possui 3 metros de altura, extensão de 2,6 quilômetros, e conta com diques, comportas e casas de bombas. É chamada de Muro da Mauá, pois está localizada entre o Cais Mauá e a Avenida Mauá.
No entanto, no último domingo, 5, o Rio Guaíba, que circunda a cidade de Porto Alegre, alcançou o recorde histórico de 5,31 metros, e pontos vulneráveis na barreira acabaram permitindo a passagem da água.
A Revista Oeste iniciou, no começo desta semana, uma campanha para ajudar as vítimas das enchentes. Até o fechamento desta edição, foram arrecadados quase R$ 4 milhões. As doações serão destinadas a instituições idôneas, sem ligações com o governo ou com partidos políticos.
Oeste prestará contas diariamente aos seus leitores em relação tanto aos valores arrecadados quanto às instituições que receberão as doações.
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Pega esses 4 milhões entrega a Paulo Pimenta ou a Zé Cuecão que eles vão ajudar esse povo sofrido