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Foto: Shutterstock
Edição 176

O ritual que meu pai me ensinou

Na nossa casa nada se desperdiçava, e tudo era contado, compartilhado e reusado. Decisões de gastos eram analisadas com muita ponderação

Roberto Motta
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Minha família não era pobre, mas nossa vida era frugal e sempre centrada no essencial. Estávamos no meio da classe média, naquele grupo que luta todos os dias para pagar contas e impostos, sem aspirações maiores do que dar um lar seguro, saúde e educação aos filhos. Quase todo o resto era supérfluo e inacessível.

Depois de um início de vida duro, em uma família pobre do interior de Minas Gerais, meu pai conseguiu fazer faculdade e ser contratado pela Petrobras, onde fez carreira. Ele nunca ocupou cargo executivo. Como engenheiro geofísico de uma geração pioneira, seu trabalho era procurar petróleo pelos confins do país. 

Quando meus pais se casaram, minha mãe abandonou seu emprego de servidora do Iapetec (um fundo de pensão que não existe mais) — uma decisão que lamentaria pelo resto da vida. Vivíamos, portanto, sustentados unicamente pelo salário do meu pai.

Lembro-me do meu pai debruçado sobre planilhas, com pilhas de papéis na mesa, tentando fechar as contas e encontrar um equilíbrio no orçamento de casa

Nossa vida era simples e sem qualquer luxo. Não frequentávamos restaurantes; não havia dinheiro. Morávamos em um apartamento pequeno demais para seis pessoas, localizado no trecho mais barulhento da rua mais barulhenta de Botafogo — mas o apartamento era nosso. Viajávamos uma vez por ano, sempre para Natal, no Rio Grande do Norte, terra da minha mãe. Íamos de carro: dois adultos e quatro crianças empilhados no Opala azul de duas portas (meu pai achava que o modelo de quatro portas era inseguro para os filhos). Eram quatro longos e maravilhosos dias de viagem, com muitas paradas pelo caminho. 

Na nossa casa nada se desperdiçava, e tudo era contado, compartilhado e reusado. Decisões de gastos eram analisadas com muita ponderação. Nossas roupas e sapatos sempre foram poucos, comprados em lojas populares, e aquilo nos bastava. Só quando me tornei adolescente é que percebi que a realidade de alguns colegas era diferente, e isso me causou certo embaraço: não era possível ter as mesmas roupas de marca que amigos do Santo Inácio usavam. Foi apenas um incômodo passageiro, mais do que compensado pela sensação de segurança afetiva e financeira que nossos pais sempre nos transmitiram. Nosso lar era sólido.

Ilustração: Shutterstock

Essa visão sensata e frugal da vida ficou, de formas diferentes, como um legado para cada um dos quatro filhos, especialmente para mim que, por ser o mais velho dos quatro, compreendia o fino equilíbrio em que os esforços dos meus pais nos mantinham.

Lembro-me do meu pai debruçado sobre planilhas, com pilhas de papéis na mesa, tentando fechar as contas e encontrar um equilíbrio no orçamento de casa. Era uma tarefa quase impossível.

No início, eram planilhas em papel. Meu pai colava várias folhas de papel quadriculado uma na outra, formando uma planilha enorme, que cobria a mesa toda. Nela ele anotava, com lapiseira, minuciosamente, o salário recebido e todas as despesas, uma em cada linha. Anotava também a poupança e os investimentos, onde colocava o pouco que ele conseguia poupar. 

Ela uma luta solitária e inglória. Ele lutando para economizar alguma coisa, e o resto da família — minha mãe, eu e meus três irmãos — com necessidades e desejos sempre crescentes. 

Passado o tempo, meu pai mudou do papel para uma planilha eletrônica. Quando ele se aposentou, o dilema continuava o mesmo. Ele passava horas sentado fazendo seus cálculos impossíveis, movendo algarismos de uma coluna para outra. 

Ele conseguiu tirar desse esforço um resultado impressionante.

Quando ficou doente do mal que o mataria — um covarde câncer de pâncreas —, ele consentiu em transferir aquela tarefa para mim, e naquele momento eu tive certeza de que ele se despedia.

Quando fui olhar os números, me surpreendi: sua aposentadoria era muito menor do que imaginávamos. 

Ele tinha realizado o milagre da multiplicação do dinheiro e completado sua missão de educar quatro filhos nos melhores colégios e faculdades particulares com seu único salário e com a ajuda de minha mãe, que sempre conseguia bolsas de estudos e lutava diariamente para economizar em tudo.

Hoje, enquanto o resto da casa está ocupado com outras coisas, eu me sento diante de uma planilha e repito o ritual que meu pai me ensinou: coloco em uma linha o salário, depois uma linha para cada despesa — e, assim, presto uma inadvertida homenagem ao homem que me colocou no mundo, me educou e me ensinou o valor do esforço, do trabalho, do dinheiro e da família.

Minha gratidão por isso é eterna.

Ilustração: Shutterstock

Leia também “A mãe, o baile e o discurso”

35 comentários
  1. Sérgio Ricardo Ogliari
    Sérgio Ricardo Ogliari

    Uma história de amor e devoção a família !

  2. Joao Batista Martins
    Joao Batista Martins

    A admirável história de uma pessoa do bem. Parabéns!

  3. Ramon
    Ramon

    Continuo admirando esses textos belíssimos.
    Sempre claros, lógicos e inspiradores.
    Amei, ainda mais, o exemplo que apresenta e segue: um pai maravilhoso.
    Que o trabalho de nos mostrar essas belas mensagens continue por muito tempo.

  4. Carlos Perktold
    Carlos Perktold

    Emocionantes seu relato e a biografia da família. Parabéns pelo que você se tornou.

  5. Alzira Conceição Pacheco de Lima
    Alzira Conceição Pacheco de Lima

    A família é a base, quando sólida e equilibrada fornece o melhor para a sociedade. Você é exemplo disso, parabéns Motta, por continuar honrando seus pais.

  6. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Seu pai deixou um grande homem ao mundo. Parabéns Motta. De certa forma também me identifiquei. Meus pais são comerciantes e ralaram bastante por minha educação.

  7. Ivonete de Souza Rabello
    Ivonete de Souza Rabello

    Linda homenagem, Motta. Parabéns por levar adiante o correto ensinamento que recebeu.m creio que seu pai, onde estiver, estará orgulhoso.

  8. Rosana Vargas
    Rosana Vargas

    Essa homenagem ao seu pai, eu li no Twitter. Quando li, agora, pela segunda vez, chorei. Seu pai com certeza teria muito orgulho de você.

  9. Fabio
    Fabio

    Emocionante, Roberto. Bravo!!!!!!

  10. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    Grande Motta,amei saber de sua intimidade e vida.Esses valores que os pais nos deram são eternos.Deixarei como um presente a você um pequeno relato de minha família em parte muito semelhante à sua.Meus pais se casaram,tiveram seis filhos e permaneceram casados ,eram muito católicos e praticantes.Meu pai cursou o Largo São Francisco e fez carreira na magistratura em São Paulo. Minha mãe era professora primária e deixou a carreira quando seus filhos começaram a nascer,também se arrependeu dessa decisão. Fomos criados com princípios morais que nortearam nossas vidas para sempre..Mas aprendi a amar os livros desde cedo ,foram os melhores presentes que ganhei na vida.Eu e meus irmãos nos formamos em universidade pública e cada um seguiu sua profissão. Hoje somos apenas em quatro,mas posso dizer que nos amamos muito.

  11. José Pedro Volpe Soares
    José Pedro Volpe Soares

    Roberto minha vida foi bem parecida com a sua . Vivíamos bem mas com grande economia.Quando li a sua crônica parece que estava vivendo a minha. Muito obrigado, somos muito parecidos apesar de vc ser mais informado que eu e tb mais moço. Abraços e gostaria de vc soubesse que sigo -o em tudo. Parabéns

  12. Maria Lucia Benevides de Schueler
    Maria Lucia Benevides de Schueler

    Parabéns para o seu falecido pai. Que Deus lhe conceda a paz e o descanso eternos. A vida do meu pai foi parecida. Homenageamos os nossos pais.

  13. MISIANE ROCHA CAETANO DA SILVA DOS SANTOS
    MISIANE ROCHA CAETANO DA SILVA DOS SANTOS

    Parabéns pelo excelente artigo. Eu não tive pai, que me assumisse. Fui criado numa casa com 8 irmãos, minha mãe, era discípula da mulher junto ao poço de Jacó. Ev. João, 4. Não tenho boas recordações da minha infância. Mas ela era uma mulher batalhadora, incansável, que estava todos os dias junto ao poço buscando água, (metaforicamente falando). Hoje, eu tenho 57 anos, sou advogado e tenho um filho com 2 anos e 3 meses. Considero-me um bom gestor financeiro. Minha esposa é Analista do TRF, ganha muito bem. Nós abrimos uma conta investimento para o nosso filho, desde o seu primeiro dia de vida. Hoje, essa conta está com R$ 40.000,00, nosso sonho, é que ele seja milionário, no máximo quando completar 30 anos. Isso, se ele passar a contribuir a partir dos 20 anos, por 10 anos, com no mínimo, 30% salário mínimo na época. Tudo projetado por um analista financeiro. Vc acha, que estamos fazendo errado.

  14. Henrique Monteiro de Barros da Fonseca
    Henrique Monteiro de Barros da Fonseca

    Obrigado Motta por esse artigo.
    Fiquei emocionado.
    Eu vivi experiências similares e até hoje, com 80 anos, faço a nossa planilha de gastos todo mês .
    Não existe nada tão importante quanto à familia.
    Precisamos estar sempre unidos para combater esta nefasta campanha de destruição das nossas instituições
    Admiro muito a sua atuação.

  15. Renato Borges Fagundes
    Renato Borges Fagundes

    Motta, eu sou seu fã. Vou repetir aqui o que muitos disseram antes de mim. Sua história me emocionou, pois ela é muito semelhante à minha. Meu pai foi o exemplo que sempre segui em toda a minha vida e que procurei me tornar para minhas filhas. Virtudes como empatia, honestidade, justiça e solidariedade estão gravadas no meu DNA (e de meus irmãos) de uma forma indelével.

  16. Persival dos Santos
    Persival dos Santos

    Motta, você é um espelho para muitas e muitas famílias de classe média, se assim podemos classificar, como a minha também. Também meu pai fez milagres com o parco salário para manter a família. Foi um autodidata, que conseguiu ser o melhor professor da cidadezinha de Caconde, SP. Viveu até os 72 anos, padecendo de uma simples pneumonia. Conseguiu ver seus dois filhos, eu e minha irmã, formados – eu, engenheiro-agrônomo e minha irmã advogada. Minha mãe, de honesta família de “sitiantes” nos deu os caminhos domésticos corretos. A cidade reconheceu minha família – a rua onde morávamos tem o nome de meu pai, tem um busto dele em uma praça pelo tanto que fez para a cidade. Usava a expressão: FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM. Aprendemos o que é HONESTIDADE, desconhecemos a palavra CORRUPÇÃO e outros bons ensinamentos. Nossos filhos seguiram o exemplo !

  17. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    Me identifiquei com sua história com pequenas diferenças.
    Meu pai era agricultor numa época em que os equipamentos se resumiam a uma enxada, uma foice, um facão, um rastelo e uma plantadeira matraca. Os grandes agricultores da época tinham pequenos tratores.
    Tinha preocupações com a terra e antes do plantio realizava análise e correção do solo e não sabíamos que um dia teríamos eco chatos atormentando nossa vida.
    Também sou o filho mais velho. Com 10 anos fiquei órfão junto com 5 irmãos, a mais nova com 9 meses.
    Mudamos para a cidade grande e minha mãe foi trabalhar de diarista e lavadeira depois costureira enquanto eu cuidava dos irmãos e da pequena casa.
    Minha mãe embora pouco letrada nunca deixou de acompanhar a trajetória escolar dos filhos.
    Nesta época não havia transporte ou merenda escolar e dos 6 filhos minha mãe formou 5 na universidade.
    Hoje aos 88 anos e muitos netos e bisnetos ainda é o alicerce familiar.

  18. Moema Alves
    Moema Alves

    Gostei muito !!!!

  19. Ana Claudia Brandão da Silva
    Ana Claudia Brandão da Silva

    Lindo demais

  20. Kilma Costa de Amorim
    Kilma Costa de Amorim

    Nossas aspirações eram tão singelas e ao mesmo tempo grandiosas, pois retratavam o mais puro e verdadeiro amor.

  21. Yara
    Yara

    Maravilhoso, Motta.

  22. Alfredo Bandeira Conde
    Alfredo Bandeira Conde

    Roberto Motta sua lição de vida e sem duvida a de milhares de brasileiros que como seu saudoso e querido pai forjaram de forma indelével o destino dessa Nação – Lhe confesso me comovi às lágrimas pois ai li vih retratada minha vida como jovem até dos dois anos que passei em sua cidade cursando
    o EFON que infelizmente não deu pra terminar o terceiro ano – digo que sou meio oficial de náutica – Mas foram 43 anos de trabalho ligado à náutica
    embora em terra – Vejo todos os seus programas, leio tudo que escreve, vou comprar e ler jogando pra ganhar – O tenho como o senhor da ponderação
    do comedimento das palavras e de sua saberia literária que sempre embasa suas temáticas – Nunca iremos nos conhecer mas lhe tenho muita estima e consideração daqui de Santos – Um abraço seu coração – o meu é carioca por afeição à vossa terra – alfredo conde /.

  23. ELISABETH MONTEIRO
    ELISABETH MONTEIRO

    NÃO OUVI A REPORTAGEM, EU A LI E COLOQUEI NELA A EMOÇÃO QUE O MOTTA PORIA, LEMBREI DO MEU PAI FAZENDO O MESMO PRINCIPALMENTE QUANDO DESCOBRIMOS QUE SUA APOSENTADORIA ERA MENOR,POIS NÃO PODIA PAGAR O TETO DO INSS PARA NÃO DESFALCAR NOSSA LOJA DE MATERIAL ELETRONICO NA SANTA EFIGENIA. QUE SAUDADES ME TROUXE DO MEU PAI.

  24. Osmar Martins Silvestre
    Osmar Martins Silvestre

    Meu amigo Roberto Motta, permita-me tratá-lo assim, sua história é parecida com a minha e, talvez, de tantos outros brasileiros que tiveram uma família estruturada, e que se guiaram na vida acreditando no mérito e progredindo sem “bolsas família”, sem depender do governo que dá e escraviza. Cresceu como eu, e muitos dos leitores da Oeste, certamente, pelo esforço, dedicação e crença na força da família, aquela mesma família que o chefe da nação busca desqualificar e tratar como um mal a ser combatido. Nesse particular, ele está certo: a família é a forja onde se tempera o caráter do cidadão, do batalhador, do vencedor, do patriota que sobrevive e triunfa em um lamaçal protecionista e escravagista de um “progressismo” nefasto que se espalha pelo mundo.

    1. ELISABETH MONTEIRO
      ELISABETH MONTEIRO

      QUE LINDO.

  25. Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva
    Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva

    Tive um pai igualzinho.
    Além da planilha que pegava a mesa inteira, o professor Oswaldo Lacerda estendia -, depois de feitas as contas todas, esticando aqui, encolhendo ali – um mapa mundi super colorido e detalhado. E ia me mostrando o planeta inteiro e ia me incentivando a conhecê-lo, e ia me ensinando, geografia, história, ética, valores morais. Me contou mil histórias. Morreu aos 91 anos sem perder o amor e a esperança no Brasil. Sigo igual.

  26. Antonio C. Lameira
    Antonio C. Lameira

    Seu artigo me emocionou, e me fez voltar na linha do tempo, meu pai homem simples, dirigia bondes do RJ, semi analfabeto, e eu, com desejo implacável de ser alguém na vida, não fiz faculdade, mas, me projetei na vida profissional… hoje meu filho é engenheiro e minha filha assistente social. morando atualmente no Canadá, cumpri minha missão, ainda tenho saúde, mas todos os documentos importantes já estão em poder do meu filho.

  27. Cícero Ruggiero
    Cícero Ruggiero

    Excelente artigo, adorei, uma experiência de muitos brasileiros, com certeza a maioria, que não merece o atual governo.

  28. Ernesto Stock
    Ernesto Stock

    Que bela homenagem
    O enaltecimento de valores caros que estão se perdendo rapidamente.
    Quais seriam?
    Família sólida, esforço, persistência,
    dar importância ao que realmente importa e não
    ao supérfluo.
    Admiro a suas falas, o seu caráter.
    É um privilégio poder ouvir as suas falas ponderadas e bem fundamentadas.
    👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻

  29. Omar Fernandes Aly
    Omar Fernandes Aly

    Que bela homenagem ao seu pai e aos pais em geral. Parabéns Roberto Motta!

  30. Maria Weber
    Maria Weber

    Roberto Motta eu presto minhas homenagens diariamente a uma das pessoas que mais inspiram na vida! Deus te ilumine sempre

  31. Maria Cristina Padula
    Maria Cristina Padula

    Uma bela história real que se assemelha com milhares de famílias do bem.
    Meu pai era lavrador, nasci na zona rural no interior do Paraná…
    Sem energia elétrica, sem água encanada, vida também igual à de milhares de famílias humildes que, com muito trabalho e economia conseguiram melhorar de situação.
    Somos em seis irmãos, todos com curso superior… uma história de superação e união maravilhosa!
    Meu pai chegava da roça, depois de um dia exaustivo, jantava, pegava a lamparina ( de querosene) e ia para a tulha( lugar que ficava guardado o café após a colheita) e estudava…
    Fez o curso de contabilidade por correspondência através do INSTITUTO UNIVERSAL BRASILEIRO.
    Temos até hoje guardados os livros das planilhas que ele fazia . Temos também o diploma do curso concluído 🙏
    Histórias como estas valem a pena serem contadas e relembradas.

    Meu pai nasceu em 1930, trabalhou e nos deixou uma herança incalculável na área de caráter e valores.

  32. Célio Antônio Carvalho
    Célio Antônio Carvalho

    Parabéns Motta. A sua história é um espelho para nós. A luta sempre foi imensa para a maoria das pessoas normais.
    Ainda hoje é assim. Pena que alguém lá em cima no comando da Nação não seja assim, metódico, calculista, com a calculadora nas mãos!
    Obrigago.

  33. Antonio
    Antonio

    Que belo artigo: simples e claro. Os ensinamentos não poderiam ser mais objetivos! Parabéns.

  34. Marcus Borelli
    Marcus Borelli

    Parabéns Motta pelo texto e pelo exemplo de seu saudoso e querido pai. Hoje vivemos num mundo onde pais e filhos vivem realidades diferentes como se vivessem em mundos diferentes e os pais modernos entregando a educação de seus filhos às escolas e faculdades. Isto não está dando certo.

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