Ninguém mora lá desde 1918, quando a Marinha Brasileira atualizou o farol local. Atualmente, apenas poucos cientistas autorizados podem visitá-la.
Esse lugar inóspito fica a cerca de 35 quilômetros das praias do município de Itanhém. Alguns chamam essa área de Iha das Cobras.
Na Ilha das Cobras
Com uma área de 430 mil m², estima-se que ela abrigue cerca de 15 mil serpentes, no mínimo. Essa população é tão grande que perde apenas para a para a Ilha de Shedao, na China, que abriga por volta de 20 mil desses animais.
A maior parte das serpentes na Queimada Grande é da espécie Bothrops insularis, conhecida como jararacas ilhoas. São serpentes com cerca de 1 metro de comprimento e veneno de 12 a 20 vezes mais potentes que o de jararacas do continente. Seu desenvolvimento foi possível graças ao isolamento da área em relação ao continente.
De acordo com o Instituto Butantan, esse animal se alimenta principalmente de aves. “Outra característica relevante é o coração mais anterior (ou alto), facilitando o bombeamento de sangue para a região da cabeça, principalmente quando a cobra escala em posição vertical. Além disso, tem cabeça maior e dente menor, auxiliando no controle da captura e da deglutição das aves, que costumam ser abocanhadas durante o dia”, informa o órgão.