A Polícia de São Paulo está investigando o vazamento de imagens de câmeras de segurança que capturaram momentos do ataque à Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo.
A Delegacia de Crimes Cibernéticos de São Paulo, ao lado da a Secretaria da Segurança Pública, está apurando o compartilhamento desses vídeos na internet, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
????GRAVE: Câmeras de segurança da escola de Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, registram a ação do criminoso que atirou contra alunos.https://t.co/24WePY8jFl
— Alerta Rio 24 Horas (@AlertaRio24hrs) October 23, 2023
As imagens mostram vídeos do ataque a escola, na segunda-feira 23, sendo reproduzidos em um computador no momento em que o adolescente de 16 anos efetuava os disparos. O agressor matou uma adolescente de 17 anos e feriu outras duas alunas.
Ataque à Escola Estadual de Sapopemba foi o 36º do Brasil em 22 anos
O Brasil teve 36 ataques a escolas em 22 anos. O 36º foi o da Escola Estadual Sapopemba. O primeiro atentado do tipo no país ocorreu em Macaúbas, na Bahia, em 6 de agosto de 2001.
Nestas duas décadas, 102 pessoas foram feridas. Giovanna Bezerra, que foi morta com um tiro na cabeça no ataque desta segunda-feira, é a 35ª pessoa assassinada nesse tipo de atentado.
Os mortos de todos os atentados às escolas no Brasil somam 17 meninas, 12 meninos, quatro professoras, uma coordenadora e uma inspetora.
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Os dados são de um relatório assinado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) que integram o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (Gepem).
Quase 60% desses 36 ataques aconteceram no período pós-pandemia. Aconteceram 21 ataques — que representam 58,3% do total — desde fevereiro de 2022, quando as escolas reabriram depois do fechamento de quase dois anos em algumas regiões. No período, 11 pessoas foram assassinadas.
Foram dez ataques em 2022 e 11 até outubro de 2023. Dos 38 autores, sete deles tinham 13 anos quando fizeram os ataques, sendo esta a idade mais comum. Outros dois agressores tinham 12 anos, e um deles tinha 10.