O reitor da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Carlotti Júnior, disse que a instituição vai “debater para corrigir e aprimorar” o processo de análise de estudantes que se declaram pretos ou pardos para ingressar na instituição pelo sistema de cotas raciais. Ele falou sobre o tema nesta segunda-feira, 4.
Segundo o reitor, uma das medidas que a USP deve adotar, em breve, é a padronização das entrevistas em modelo presencial. Atualmente, as entrevistas são feitas virtualmente.
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No atual protocolo, os candidatos fazem uma autodeclaração quando se inscrevem no processo seletivo. Posteriormente, para evitar fraudes, comissões da USP avaliam se a informação é verdadeira.
“São cerca de 200 candidatos por ano nessa situação”, afirma Carlotti Júnior, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. “É mais barato arcar com o custo das viagens do que deixar qualquer dúvida no ar e expor a instituição.”
Aluno processa a USP
Na semana passada, um aluno aprovado por cotas raciais na Faculdade de Direito da USP entrou com uma ação judicial contra a instituição depois de perder a vaga por não ter sido considerado pardo. Ele obteve liminar para reverter a decisão. O caso gerou intenso debate dentro e fora da universidade.
Glauco Dalalio do Livramento, 17, se declarou pardo, mas três comissões da USP encarregadas de analisar a veracidade das informações prestadas discordaram.
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As duas primeiras avaliaram fotografias do candidato e uma terceira, a comissão de heteroidentificação, procedimento para validar ou não a autodeclaração de alguém, conversou com ele em uma chamada de vídeo. “O candidato tem pele clara, boca e lábios afilados, cabelos lisos, não apresentando o conjunto de características fenotípicas de pessoa negra”, diz o parecer da comissão.
Carlotti Júnior afirma que uma das mudanças deve prever que os candidatos se encontrem presencialmente com os integrantes da comissão de heteroidentificação, e não mais virtualmente, mesmo que isso gere um custo financeiro para a instituição.
“A ideia era facilitar a conversa com estudantes que moram longe de São Paulo”, explica o reitor. “O encontro face a face, no entanto, pode dar maior segurança tanto para o aluno quanto para a universidade.”
Dificuldades com critérios
Segundo Carlotti Júnior, outro grande desafio para a universidade será “acertar as réguas” dos critérios usados pelos integrantes das comissões que precisam avaliar quem é negro, quem é pardo e, neste grupo, quem está mais próximo do negro e quem está mais próximo do branco.
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Se querem cotas, oq ie nem acho correto, o correto seria melhorar o ensino fundamental e secundário, ter um cursinho de apoio; mas, enfim, faça cotas sociais e não de raça, fácil de verificar.
O que seria ser “pardo” no Brasil? Apenas o mulato?
Nas entrevistas, irão usar cocares e colocar dreads nas madeixas.
Cotas é muito mais prejudicial do que se pensa.
Cotas representam o pior do racismo.
O departamento de física vai colaborar.
Vão passar pelo espectrofotômetro de chama.
Isso é determinar que os pretos e pardos nao tem a mesma capacidade dos brancos, na verdade puro racismo. Basta sentar o traseiro e estudar dia e noite e assim em igualdade de condiçoes ser aprovado, pela inteligencia e nao pela cor da pele.
Fim do sistemas de cotas. Simples assim. Educação de base igual para todos!
Se a pessoa macho pode declarar-se mulher, oras, o pardo pode declarar-se da cor que quiser.