A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) comunicaram nesta quarta-feira, 28, a assinatura de um acordo de leniência com a BRF, empresa gigante do setor de carnes e processados. A decisão ocorreu como resultado das investigações da Operação Carne Fraca, deflagrada em 2017.
Na época, a Polícia Federal desvendou um esquema de corrupção envolvendo os maiores frigoríficos do país e o Ministério da Agricultura. A BRF é proprietária das marcas Sadia e Perdigão.
O acordo começou a ser negociado em 2018. A empresa se comprometeu a pagar R$ 583 milhões ao Tesouro e a aperfeiçoar o programa interno de conformidade. A BRF também deverá devolver vantagens indevidas e arcar com o pagamento de multas previstas na Lei Anticorrupção e na Lei de Improbidade Administrativa.
O valor deve ser pago ao Tesouro em cinco parcelas anuais, com a primeira sendo quitada em junho do próximo ano.
Operação de 2017
Além da BRF, outras empresas foram acusadas de adulterar a carne vendida nos mercados interno e externo. O caso envolve mais de trinta empresas alimentícias do país.
Elas foram acusadas de comercializar carne estragada, alterar a data de vencimento, maquiar o aspecto dos produtos e usar produtos químicos para revender carne estragada. Membros do governo federal também foram acusados de conivência com a prática criminosa, entre eles, o ministro da Justiça do governo Temer, Osmar Serraglio.
Até o momento, a BRF não se manifestou oficialmente sobre o assunto. O espaço segue aberto para o posicionamento da empresa.
É sempre bom conferir a data de validade, fabricante e empresa controladora. Na dúvida, prefira outro fornecedor, tomando os mesmos cuidados.
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